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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

UFC 133: Rashad Evans x Tito Ortiz

Válida pelos meio-pesados (até 93kg), os norte-americanos Tito Ortiz e Rashad Evans farão a luta principal da noite no UFC 133, neste sábado, dia 6, em evento que já entra para a história como um dos mais atribulados e passíveis de mudanças na programação da história do esporte.

Tito (e) e Rashad: empate em 2007

Além de atestar revanche do primeiro combate, que terminou empatado, em 2007 (UFC 73), o vencedor do novo desafio fica próximo de garantir vaga para a disputa de cinturão da categoria, em posse atual de Jon Jones (que enfrenta Rampage Jackson na edição 135, em setembro). Abaixo, analisamos alguns fatores que podem fazer a diferença. Confira!



Tente entender a breve incidência de reviravoltas: Evans lutaria contra Maurício Shogun pelo título dos meio-pesados (na época em posse do brasileiro), no UFC 128, em março deste ano. Mas um joelho contundido o fez declinar da luta apenas seis semanas antes.
Jon Jones foi chamado para substituí-lo. O prodígio venceu Shogun e faturou o cinturão. Assim, Evans estava automaticamente credenciado para o desafio contra o novo campeão neste UFC 133, mas Jones lesionou a mão em treino e adiou o embate. Phil Davis então entra como novo substituto, mas também tem de abandonar o duelo por ter se machucado na preparação.
O brasileiro Lyoto Machida, ainda sem compromissos agendados no segundo semestre, é sondado para encarar Evans, mas alega pouco tempo para treinar e não aceita a luta. Tito Ortiz - que não vencia há seis anos - enfrenta Ryan Bader literalmente 'para salvar o emprego' no UFC 132 (2 de julho): vence por finalização (guilhotina, ou estrangulamento invertido) e também é convidado. Após relutar inicialmente, confirma a empreitada um dia depois e a nova disputa é oficializada (ufa!). 

Duelo de popularidade

Dentro do octógono estarão dois lutadores que geralmente despertam amor e ódio sem meio-termo entre fãs e especialistas. Temperamental e rancoroso, Ortiz já protagonizou diversos episódios de rusgas e mais rusgas com o chefão Dana White. Mas um parece não conseguir viver sem o outro. Puro marketing ou troca de conveniências? Vai saber.
De forma condizente ou não, Rashad é grande causador de sono nos aficionados mais radicais, que consideram o estilo mais dinâmico de lutar muito apático e contundência. O tom provocativo usado contra os adversários também não é bem visto por muitos, que o consideram pouco carismático ou 'forçado' demais.

Mudanças radicais?

Na primeira vez que se enfrentaram, em 2007, Ortiz e Evans fizeram combate amarrado e repleto de advertências do árbitro. No fim, foi decretado empate. E de lá para cá, não dá para notar mudanças significativas na prática. O estilo de ambos têm características bem definidas e se reforçam mais em aspectos subjetivos, como amadurecimento técnico e imposição de ritmo dentro do octógono.
Ortiz é um dos entusiastas e aperfeiçoadores na técnica do ground and pound (ataques com o adversário caído). Evans joga mais de acordo com as regras, onde aplica a combinação boxe/wrestling aliada ao padrão de movimentação evasivo.

Handicaps

Se desvantagem tivesse algum tipo de valor na teoria, Tito Ortiz estaria mais enquadrado neste quesito.  Tudo bem que o preparo específico para o combate foi uma extensão do que havia feito para Bader, mas entrou para o desafio 'por tabela' e deve adotar tática mais prudente e amarrada, com muitos clinches na grade e ataques gradativamente calculados.
Rashad perdeu chance de disputar título, teve de lidar com troca de adversário e arcar com as consequências técnicas e psicológicas causadas por tudo isso. Mesmo assim, vai tentar impor o jogo característico de forma relaxada e socos perigosos na média distância. Por ter características mais básicas e se ater mais em explorar as fraquezas do oponente, o estilo do norte-americano pode ser fator compensador para encobrir a falta de ritmo de luta.

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