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sábado, 26 de maio de 2012

UFC 146


Aguardado com ansiedade pelos fãs de luta, o cardprincipal do UFC 146 traz apenas pesos pesados em ação. Na MGM Grand Garden Arena em Las Vegas, serão dez gigantes querendo mostrar que a ausência de Alistair Overeem não prejudicará o evento.
Na luta principal da noite, o campeão Junior Ciganofará sua primeira defesa. O adversário será o antigo dono do cinturão Frank Mir. Outro ex-campeão em ação será Cain Velasquez, que vai recepcionarAntonio Pezão em sua estreia no octógono mais famoso do mundo.
O carismático gorducho Roy Nelson volta à ação contra o talentoso e indisciplinado Dave Herman. Antes deles, Shane Del Rosario estreará no UFC contra o também invicto Stipe Miočić. Completando o card principal de mais de uma tonelada, Lavar Johnson tentará seguir sua senda de nocautes, desta vez contra o holandês Stefan Struve.
De acordo com o site oficial do UFC, o card principal está marcado para começar às 23:00h. Jáas preliminares vão ao ar às 19:45h, ainda conforme informação do UFC. O duelo válido pelo cinturão (e apenas este) será exibido ao vivo pela Rede Globo.

Junior dos Santos (BRA) vs Frank Mir (EUA)

Desde a estreia nocauteando Fabricio Werdum como zebra, no UFC 90, Cigano (foto ao lado) vive um conto de fadas no UFC. Um a um, corpos foram deixados estirados no chão (os dois que não foram nocauteados, apanharam como malas velhas) até o dia da glória máxima. Na primeira edição do UFC na FOX (e na Globo), Junior precisou de 64 segundos para dar cabo do então campeão invicto Cain Velasquez, conquistando o cinturão em novembro.
Os 105kg da estreia viraram 110kg. Tão rápido quando quatro anos atrás e ainda mais forte, o catarinense é hoje a maior máquina de nocautear da divisão dos pesados do UFC, combinando boxe de elite com movimentação de alguém 20kg mais leve. Como ainda defende-se muito bem das quedas, o campeão normalmente consegue impor seu ritmo e faz a luta transcorrer onde lhe é conveniente – em pé.
Aos 27 anos, 1,93m de altura e 1,96m de envergadura, ele provavelmente ainda não alcançou o apogeu físico. Nascido em Santa Catarina, radicado na Bahia, Junior tem cartel de 14-1, com 11 vitórias por nocaute ou submissão à base de socos. Deste retrospecto, 8-0 foi alcançado no UFC. Apenas Roy Nelson e Shane Carwin duraram três rounds inteiros, não sem serem atropelados.
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O caminho que levou Mir (foto ao lado) ao posto de desafiante foi mais tortuoso. Apesar de vir de 3 vitórias seguidas e 4-1 nas últimas 5 apresentações, o ex-campeão não vem apresentando-se no melhor de sua forma técnica. A virada sobre Rodrigo Minotaurofoi capitalizada em cima de um erro do brasileiro. Antes, Frank vencera Nelson e Mirko Cro Cop em lutas péssimas, onde o condicionamento físico ficou a desejar.
Apesar disso, o americano é um dos mais perigosos e talentosos lutadores da categoria. O conhecido talento no jiu-jitsu, que já o tirou de enrascadas como nas lutas contra Minotauro e Brock Lesnar, e no wrestling, é completado com um nível decente nokickboxing que, se não faz frente ao boxe de Cigano, possibilita que encare a maioria das lutas na divisão. Seu grande problema é o péssimo modo de reagir quando atingido com força no rosto – ele normalmente sucumbe a estas ocasiões.
Mir está no UFC desde sua terceira luta profissional e jamais teve o contrato suspenso deste então. Ele sofreu um acidente de moto que quase lhe custou a carreira e o derrubou em forte processo depressivo, mas recuperou-se e hoje, aos 33 anos, tentará igualar Randy Couture, único a conquistar o cinturão dos pesados em três oportunidades. Com 1,91m e 118kg, o faixa preta de Ricardo Pires tem cartel de 16-5, com 14-5 no UFC, oito destas vitórias por submissão. O retrospecto lhe dá a liderança no número de triunfos e vitórias por submissão na história da divisão dos pesados do UFC.
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O confronto de estilos desfavorece muito o desafiante. Para grudar em Cigano e quedá-lo, Mir terá que entrar no raio de ação destruidor dos punhos do campeão. Somando a capacidade de nocautear do brasileiro com o queixo de vidro do americano, não é difícil supor que Frank passará maus bocados.
De todas as qualidades de Cigano, uma delas deverá sobressair para lhe dar a vitória: a inteligência. Como o desafiante tem uma guarda excelente e incrível capacidade de encaixar finalizações, simular um knockdown seria um meio de levar o combate para o chão, mas dificilmente o campeão cairá na esparrela de mergulhar na guarda de Mir. Mais difícil ainda será imaginar Junior repetindo o vacilo de seu mentor no UFC 140. Se o brasileiro não pegar o oponente num contragolpe defendendo uma queda, vai manter a distância, trabalhar seu boxe e abrir caminho para o nocaute no máximo até o segundo round.

Cain Velasquez (EUA) vs Antonio Silva (BRA)

Depois de coroar sua trajetória no UFC com a destruição de Brock Lesnar, que lhe garantiu o cinturão dos pesados ainda invicto, Velasquez (foto ao lado) encarou uma delicada cirurgia e um ano de inatividade para consertar os ligamentos do ombro, destruídos ao defender uma queda do colossal ex-campeão. Visivelmente fora de forma e de ritmo, Cain foi pego em um minuto por Cigano, perdendo o título e a invencibilidade.
Apesar da derrota – trágica mas comum nesta categoria -, Velasquez ainda é um dos melhores pesos pesados do planeta, tecnicamente falando. Se não for o melhor. Duas vezes all-american na Divisão I da NCAA pela prestigiosa Arizona State University, Cain tem no wrestlingsua principal virtude mas, bem como vários de seus parceiros daAmerican Kickboxing Academy, desenvolveu habilidades acima da média na trocação. O kickboxing lhe garantiu nocautes como contra Denis Stojnić e Minotauro, ambos premiados com o bônus de melhor da noite. O queixo de aço e o condicionamento cardiorrespiratório inigualável na categoria o transformam em uma máquina de lutar, capaz de imprimir ritmo furioso durante todo o combate.
Com 1,85m e 110kg, Cain é um dos menores lutadores da categoria, fato que certamente aumenta seus créditos. Ele tem 9 vitórias em 10 combates profissionais, sendo 7-1 no UFC (assim como Mir, Velasquez só fez as duas primeiras lutas da carreira fora da maior organização do mundo). Apenas Cheick Kongo conseguiu resistir a luta inteira, mas foi outro que apanhou como boi ladrão. O resto acabou nocauteado em menos de oito minutos.
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Foi por pouco que Pezão (foto ao lado) não chegou ao UFC com status nas alturas. Depois de perder para Werdum no Strikeforce, o paraibano dominou o ex-campeão do UFC Andrei Arlovski, superou um espancamento no primeiro round para reverter a surra no segundo e nocautear Mike Kyle e atingiu o grande momento da carreira, ao aplicar a maior surra da vida da lenda Fedor Emelianenko na estreia do torneio dos pesados da outra promoção. Pezão então assumiu o papel de favorito na “final antecipada” contra Overeem. O holandês saiu do torneio e foi substituído por Daniel Cormier, que nocauteou o brasileiro implacavelmente.
Apesar de ser da mesma altura de Cigano, Pezão parece gigante. Por conta da acromegalia, ele tem mãos enormes, assim como a cabeça. Como corta peso para bater o limite de 120kg e recupera pelo menos 10 para lutar, Antonio tem a aparência de um colosso. O porte físico ajuda muito no jogo do faixa preta de jiu-jitsu e judô. Ter alguém como ele por cima pode ser aterrorizante. Para completar, o lutador da Team Nogueira e American Top Team também é faixa preta em karatê, faceta mostrada em diversos momentos pré-Strikeforce.
Aos 32 anos, Pezão chega ao UFC com cartel de 16-3, 11 destas vitórias por nocaute, e carrega 4-1 nos últimos dois anos. Foi campeão dos pesados no Cage Rage e EliteXC e dos superpesados no Cage Warriors.
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Se há alguém que pode reclamar da dança das cadeiras promovida com a retirada de Overeem deste card principal, este alguém é Pezão. O brasileiro estrearia contra Roy Nelson, mas descobriu há um mês que terá que encarar o retorno de Velasquez após a perda do título e da invencibilidade.
Cain é parceiro de equipe e tem jogo parecido com o de Cormier. Ainda que Pezão tenha tido pouca oportunidade de mostrar algo na última luta, por ter sido pego por um soco logo no comecinho, não deixa de ser uma vantagem para o americano. Para Antonio, conseguir cair por cima de Velasquez seria a salvação da lavoura. Porém é difícil supor que isso venha a acontecer. Muito mais ágil e rápido, o americano deve vencer no ground and pound frenético, seja precedido por um knockdown ou uma queda.

Roy Nelson (EUA) vs Dave Herman (EUA)

Nelson (foto ao lado) chegou ao UFC via TUF mas já com algum reconhecimento anterior. Ele venceu a décima temporada contra a vontade de Dana White, que não dava crédito a ele. Os nocautes espetaculares sobre Brendan Schaub e Stefan Struve mostraram que “Big Country” merecia respeito. Sem ter vida fácil, ele perdeu para os dois da luta principal deste evento, aposentou Mirko Cro Cop e foi atropelado por Werdum.
Apelidado carinhosamente pelos fãs brasileiros de “Tiozão do Churrasco”, Nelson cultiva uma aparência incomum para um lutador de MMA, com mullets e barba desgrenhados e a maior pança do UFC. Apesar disso, desmerecê-lo pode custar caro. O sujeito é faixa preta de jiu-jitsu de Renzo Gracie com belo retrospecto no grappling e ainda tem punhos pesados, comprovados não somente nos nocautes sobre Schaub, Struve e Cro Cop, como nas raras oportunidades que teve de acertar Cigano. Fora isso, apresenta uma capacidade incomum de absorver castigo e permanecer de pé.
Campeão na extinta liga IFL, Nelson tem retrospecto de 16-7, com 3-3 no UFC e 9 vitórias por nocaute e 5 por submissão. Derrotado por três top-10 na atual organização, Roy posta-se como um perigoso porteiro de divisão, capaz de testar os candidatos a entrar na elite dos pesados.
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Inconstância é a palavra que define Herman (foto ao lado) no UFC (e na carreira). Ele estreou nocauteando o norueguês Jon-Olav Einemo em combate movimentado e cheio de erros. Em seguida, foi nocauteado depois de cansar diante de Stefan Struve.
Naturalmente talentoso e enorme (1,95m e 110kg), Herman passou boa parte da carreira misturando treinos com vida desregrada. Levou uma chamada da Team Quest e diz ele que começou a se dedicar aos treinamentos. Wrestler de origem, vem trabalhando o muay thai com o mestre Daniel Woirin, que tenta fechar seus buracos defensivos para explorar o talento ofensivo e a força física. Além das falhas de proteção em pé (Herman defende-se bem de submissões), ele até hoje peca na preparação física.
“Pee-Wee Herman” tem 27 anos e cartel de 21-3, com uma vitória e uma derrota no UFC. Ele nocauteou 17 oponentes, sendo 15 no primeiro round (suas 3 finalizações também foram no round de abertura).
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Todas as brechas demonstradas por Herman podem ser facilmente exploradas por Nelson. Dave curte uma pancadaria desenfreada, mas expõe-se muito a contragolpes. Se Nelson pegá-lo em apenas uma oportunidade bem feita, pode encerrar a luta. Além disso, o péssimo gás de Dave pode custar muito caro contra alguém que absorve pancada como Nelson.
Como Arlovski já nocauteou Nelson, não é impossível que Herman repita a dose, mas é improvável. É mais plausível imaginar uma vitória de Roy em duas hipóteses: seja aplicando um nocaute aproveitando uma das inúmeras brechas deixadas por Herman ou com um triunfo por decisão, depois de apanhar no primeiro round e reverter a luta nos dois seguintes. Neste caso, prepare-se para uma luta lamentavelmente ruim.

Stipe Miočić (EUA) vs Shane Del Rosario (EUA)

Depois de estrear no UFC vencendo Joey Beltran numa lutinha pra lá de sem-vergonha, Miočić (foto ao lado) recuperou-se com os chefes e os fãs ao nocautear o inglês Phil De Fries em menos de um minuto, em fevereiro.
Apesar da descendência croata, Miočić é um típico lutador americano de MMA, baseando o jogo na combinação de wrestlingcom boxe. Ele foi contemporâneo de “King” Mo Lawal e Ryan Bader na Divisão I da NCAA. Esta experiência lhe deu facilidade tanto em quedar oponentes quanto em se defender deste tipo de investida. Stipe teve também experiência no boxe amador, que lhe rendeu velocidade nos punhos e capacidade para aproveitar o estilosprawl-and-brawl.
Dividindo a carreira de lutador com a profissão de bombeiro, Miočić tem 29 anos, 1,93m e 108kg. Tirando Beltran, todos os demais oponentes foram nocauteados, quase todos de modo duro – um deles pediu para parar de tanto chute na perna que levou.
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Também invicto na carreira, Del Rosario (foto ao lado) chega ao UFC depois de uma passagem de três lutas, uma por ano, no Strikeforce. Na última apresentação, em fevereiro de 2011, ele fez uma das lutas reservas do torneio dos pesados e finalizou Lavar Johnson depois de superar um começo difícil no combate.
Apontado como principal revelação dos pesados do Strikeforce (antes de ser superado neste quesito por Daniel Cormier), Shane chegou ao MMA como campeão mundial de muay thai mas vem evoluindo em outras áreas do jogo, adicionando quedas e submissões, aprendidas no Team DeathClutch de Brock Lesnar, ao seu repertório. Ele faria um aguardado duelo com Cormier, mas teve que desistir para tratar de uma hérnia que o manteve fora até hoje.
Fazendo a ressalva de ter pego apenas concorrência morta de fome, exceção feita a Johnson, Del Rosario tem 11 vitórias em igual número de lutas de MMA profissional. Destas, 10 foram vencidas no primeiro round, oito delas por nocaute. O único sei-la-quenzinho que aguentou um round sucumbiu no primeiro minuto do segundo.
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Esta luta provavelmente seria a mais equilibrada do card principal se Del Rosario não estivesse tanto tempo inativo. Com tempo adequado de preparação, Miočić certamente se apresentará bem melhor do que contra Beltran, quando foi chamado para estrear em cima da hora.
Del Rosario gosta muito de chutar e este é um caminho para minar um lutador amparado no boxe e wrestling. Se conseguir minar as pernas de Miočić e não sucumbir à falta de ritmo, Shane tem chance de permanecer invicto com uma vitória por decisão. Se um dos pontos anteriores der errado, Stipe deverá nocautear mais um oponente.

Lavar Johnson (EUA) vs Stefan Struve (HOL)

Mais alto lutador do UFC, com 2,11m, Struve (foto ao lado) tem uma trajetória curiosa. Foi lançado aos leões na estreia, sendo brutalmente nocauteado por Cigano quando tinha apenas 20 anos. Desde então, sofreu mais dois reveses em outras nove lutas. Depois de ser nocauteado por Travis Browne há um ano, o “Arranha-Céu” finalizou Pat Barry e nocauteou Dave Herman.
Struve ainda é um lutador em desenvolvimento. Ele ainda está aprendendo a usar a seu favor suas altura e envergadura diferenciadas. E ainda está crescendo fisicamente, ficando mais forte, deixando o aspecto de lombriga. Apesar de ter nascido na terra dos kickboxers, ele é faixa roxa de jiu-jitsu e tem na arte suave sua principal arma. Para honrar os compatriotas, vem evoluindo também na trocação. Possui enorme coração e calma, que rendem ótima capacidade de reação.
Hoje com 24 anos, Struve tem mais lutas profissionais do que anos de vida. O retrospecto de 7-3 no UFC ajuda a preencher o cartel de 23-5. Ele tem 15 vitórias por submissão e 6 por nocaute, a metade destas na organização atual.
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Uma carreira tosca no Strikeforce foi substuituída por dois bônus de nocaute da noite em duas lutas no UFC para Johnson (foto ao lado). A segunda delas aconteceu no começo deste mês, quando ele destruiu Pat Barry no UFC On FOX 3.
“Big” Lavar é tecnicamente limitado, mas é forte como um touro e capaz de disparar sequências de socos tão velozes quanto violentas. Tanto Joey Beltran quanto Barry sentiram no queixo o poder de seus uppercuts. Em compensação, é limitadíssimo no chão, chegando ao ponto de ter tido que se livrar de uma americana de Barry, cego no jiu-jitsu.
Dez anos e meio mais velho que o adversário e incríveis 21cm mais baixo, Johnson tem cartel de 17-5, sendo 2-0 no UFC depois de 3-2 no Strikeforce e 4-2 nos primórdios do WEC. Como dito acima, a dificuldade com a luta de chão lhe rendeu 4 das 5 derrotas por finalização. Jamais uma luta sua chegou ao final, apenas uma foi decidida no terceiro round e 16 das 17 vitórias vieram às custas de pancadaria.
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A capacidade de Struve suportar castigo e virar uma luta será posta à prova de modo definitivo neste combate. Permitir a Johnson um bom começo pode significar ao holandês acabar estirado no chão rapidamente. A favor do jovem prospecto, o fato de o oponente ter lutado há três semanas pode fazer com que seu gás acabe mais cedo.
Struve terá que brigar contra o relógio. Ele já deixou muitas vezes seu oponente entrar em seu raio de ação e acabar com a vantagem do alcance. Se Johnson fizer isso e o pegar com umupper, fim de luta para o holandês. Se Struve não for violentamente nocauteado até o minuto final do primeiro round, as coisas tenderão a ficar bem mais fáceis para o pivozão. Conseguindo levar o combate para o chão, com o oponente certamente já cansado, a vitória por submissão virá sem problemas.

Cigano realiza sonho de criança carente e paga viagem para Las Vegas

Campeão peso-pesado do UFC terá a companhia do garoto Breno em sua luta contra Frank Mir

Campeão Junior "Cigano" encara Frank Mir em sua primeira defesa de cinturão
Atual campeão dos pesos-pesados do UFC, Junior “Cigano” deu uma bela prova de que merece o sucesso conquistado nos octógonos de MMA. Dias antes de viajar para Las Vegas, onde encara Frank Mir neste sábado (26), o brasileiro realizou o sonho de um garoto carente de Salvador.

Acostumado com a presença de Breno em seus treinos, já que o garoto que faz parte de um projeto social de seu treinador Luiz Carlos Dorea, em Salvador, Cigano teve a ideia de convidá-lo para ver seu próximo desafio nos EUA após uma conversa inusitada.

- Depois das aulas do colégio, o Breno sempre aparece na academia. Nós amamos tê-lo por lá. Depois da minha última sessão de sparring antes de voar para os EUA, ele me perguntou porque eu tinha que lutar em Las Vegas, e explicou que queria vir para me ajudar.

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Em entrevista ao site oficial do UFC, o atleta afirmou que não pensou duas vezes em levar Breno para os EUA, ato que pode servir de exemplo para outros jovens se dedicarem ao esporte.

- Ele não tinha passaporte. Sua mãe resolveu e pensamos que, se pudéssemos realizar o sonho dele, porque não fazer? Neste ponto da minha carreira posso ser motivação e modelo para algumas crianças.

O duelo entre Junior Cigano e Frank Mir acontece no próximo sábado (26), em Las Vegas, e será a primeira defesa de cinturão do brasileiro.
Fonte: R7.com