| KARATÊ Tavorense SOBREVIVE COM “VAQUINHAS”, IMPROVISO E AMIZADE |
Equipe Karatê Kanzen Tavorense representou Joaquim Távora e mais uma vez esteve entre os melhores classificado das respectivas categorias de Artes Marciais, mas convive com a falta de reconhecimento. O mês de junho foi mais uma jornada normal de treinamento na Associação Acerta Equipe CSVT de Karatê Kanzen. Para a pequena equipe entretanto, representou o dia em que tivemos certeza de que gostaríamos de continuar praticando o karatê. Graças aos pais, que dá uniformes à seus filhos, como a jovem de 12 anos vestia um quimono próprio pela primeira vez. O presente dos sonhos de alguns caratecas custa por volta de R$ 100,00 pouco para os padrões do futebol ou até do judô – primo rico das artes marciais olímpicas -, mas é uma fortuna para os karatecas tavorense. Aqui, conforme explica o sensei e técnico, Celio Santos, é tudo na base do improviso, "Fazemos vaquinha para participar de campeonatos. Só não pegamos dinheiro
com o pessoal da paradinha, porque aqui não tem sinaleiros, se não o faríamos, e um ou outro patrocinadores pontuais que nos ajudam”, relata o treinador, acostumado a escutar muitos “não”.
“Tem mês que nos humilhamos. Conversamos com supostos interessados num primeiro momento, aí voltamos para cobrar a ajuda prometida e a resposta é a seguinte: ‘Volta amanhã’”, emendou. Com mais de 20 anos de história, o karatê Tavorense ignoram a falta de apoio à modalidade e se mantém em atividade no karatê por conta da união que existe entre os frequentadores do Dojo, montado nos fundos da Academia New Life, no centro de nossa cidade. “Não vejo esse lugar como uma academia. Aqui é uma família onde um dá apoio para o outro”, resume um dos principais atletas da equipe, Lucas Marques, de 21 anos. Pelo fato de ter um ótimo espaço para treinos, ser muito aconchegante, muitas crianças e os pais acompanham o dia a dia de seus filhos.
É cobrado mensalidades para manutenção da academia e para custear as despesas do sensei que tenta e luta pra se dedicar somente nas atividades de Artes Marciais, mas aqueles que não têm condições de pagar são poupados. O responsável acrescenta que é comum a presença de crianças carentes no tatame anexo a academia. É aí que a pequena volta para a história. “Estou feliz com meu quimono novo, já treino dois meses aqui. Minha mãe falou que ia demorar para comprar um (quimono) para mim. Além de ele ser mais pesado, faz mais barulho”, contou , bem articulada, uma postulante a atleta do nosso esporte. Nas palavras dela, o esporte dá mais energia para o corpo e ela se sente mais disposta no dia a dia. Em certa época, tinha apenas seis alunos e só não desisti de tudo pela amizade que abastecia aquele pequeno grupo e hoje estamos criando forças. Os karatecas tavorense são filiados à FEKIP (Federação Estadual de Karatê Interestilos do Paraná), CBKI (Confederação Brasileira de Karatê Interestilos) entidades estadual nacional que organiza a modalidade no país, mas que trabalha com recursos escassos. O caratê ainda não é esporte olímpico ( um dos postulantes a fazer parte das Olimpíadas de 2020), o que só piora as coisas, e com isso o Brasil corre sério risco de perder mais talentos.
Vitórias e decepções retratam as conquistas
Com uma delegação de 6 atletas, a equipe de Karatê não se intimidou com os atletas de alto nível – em número bem maior – e ajudou a Associação Kanzen de Karatê na conquista do 6º lugar geral e conquistar um lugar no pódio da 1ª Fase do Circuito Paranaense de Karatê Interestilos, torneio organizado pela FEKIP (Federação Estadual de Karatê Interestilos do Parana) no dia 15 de junho . A luta para os atletas da equipe começou antes da competição para Mamboré, quando cada um teve que se virar como pôde para juntar o necessários para a viagem, pois ate então não sabíamos de que forma chegaríamos ate o nosso destino uma preocupação de custos, transporte, alimentação e alojamento. Mas no em tando "Deus" providencia tudo. Ficamos focados .“Treinamos golpes, chutes e movimentações táticas para shiai kumite (luta) e muito kata (Luta Imaginária). Isso fez com que nos preparamos , no sentido de nos deixar mais leve nas lutas e apresentar um bom kata. e não nos preocupamos em questão da viagem e tudo deu certo graças a DEUS estamos associado a Associação Kanzen de Karatê entidade séria e tradicional do norte do Paraná onde é filiada aos órgãos máximo de karatê a FEKIP e CBKI que nos levou juntamente os demais atletas da seleção Kanzen com ônibus cedido pela Prefeitura Municipal de Siqueira Campos e ajuda de custos da prefeitura de Tomazina pessoas que não medem esforços para apoiar o Karatê. “Eu a mais de quatro anos longe do tatame lutei na categoria faixa preta acima de 36 anos. É bom que conheço os prós e contras e o contato nas lutas não era para nocautear. Não vejo problema de nos enfrentarmos porque um não machuca o outro”, explicou o medalhista que voltou da competição com a Medalha de prata em Kumitê e medalha de bronze em Kata. Nossa equipe esta de parabéns pois enfrentamos atletas de alto nível técnico e conseguimos ótimas classificações e já nos preparando para a próxima etapa que será em Maringá. Mas agora nossa luta e nosso foco será chegar no Pan-americano de Karatê que acontece no mês de julho em São Paulo.
Comissão técnica
A seleção Kanzen de Karatê foi comandada por Diretor Técnico Geral Shihan Jose Carlos Machado "Batiá", (Kanzen Karatê de Siqueira Campos), Presidente da Associação Kanzen Sensei Demetrio R. Rocha, Secretária Edna Pereira (Kanzen Karatê de Tomazina)
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