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sexta-feira, 15 de julho de 2011

"Carateca brasileiro pediu salário igual ao de Anderson Silva para encarar Rashad Evans"

Até onde vai o poder de barganha de um atleta? Entenda o erro de Lyoto Machida no UFC

machida

Lyoto Machida está sem luta marcada no maior evento de MMA do mundo

A notícia que mais repercutiu no mundo do MMA na última quinta-feira (14) foi a divulgação, por parte do chefão do UFC Dana White, de que o brasileiro Lyoto Machida teria pedido o mesmo salário de Anderson Silva para enfrentar o americano Rashad Evans no UFC 133, no próximo dia 6 de agosto.

Sobre o caso, é importante entender a situação de Lyoto, que se viu com uma carta na manga, afinal, o evento precisava, e muito, de um oponente para Evans. Precisava, já que Tito Ortiz assumiu o corner que estava vazio.

Não é de hoje que o UFC passa por apuros como este, quando um atleta que fará parte da luta principal se machuca as vésperas do combate. E, aproveitando o desespero dos promotores, é comum que os atletas selecionados para “tapar o buraco” em cima da hora peçam algo em troca como aumento salarial, ou chance por cinturão.

Isso ficou claro quando Dana White afirmou que, se Ortiz vencer, o americano estará próximo de lutar pelo cinturão. Óbvio que houve uma negociação, afinal, o nome do atleta também está em jogo ao se arriscar contra um top com apenas três semanas para bater o peso da categoria (93 kg) e realizar treinos específicos em cima do jogo do oponente.

Mas toda a conversa deve ser feita com cautela. Analisando a forma como Lyoto teria lidado com a situação, nas palavras de Dana White, foi um exagero pedir o mesmo que Anderson Silva, afinal, o Spider é o recordista em número de vitórias seguidas no evento e recordista em defesas seguidas do cinturão de uma categoria.

Não tem como pedir o mesmo sem ter feito algo parecido. Machida foi campeão dos meio-pesados (93 kg), posto que defendeu com sucesso apenas uma vez para, logo depois, sair do octógono derrotado em duas oportunidades seguidas. Um nocaute sobre o quase cinquentão Randy Couture não o colocou, de forma alguma, sequer próximo à popularidade de Anderson.

Quanto "vale" um lutador?

E, por falar em popularidade, é importante entender o quanto “vale” um lutador e o quanto ele “pode” pedir de salário. A conta não é tão simples, além de ser subjetiva.

O atleta recebe, obviamente, de acordo com o que ele gera de receita para o evento em uma fórmula não oficial baseada em três pilares: popularidade, posição atual no ranking do evento e seu histórico no UFC.

O reflexo disso tudo gera, digamos, três "fontes de renda" ao lutador: uma espécie de salário fixo por cada luta, de acordo com o ranking + um bônus por vitória, que pode crescer de acordo com o histórico no evento + participação na venda de pay-per-views, que é medido pela sua popularidade, ou seja, quanto mais popular o atleta, mais pacotes de televisão são vendidos.

Parece complicado?

Vejamos o caso de Anderson Silva. Seu ranking elevado, o fato de ser campeão, lhe garante um salário fixo alto, algo em torno de R$ 400 mil. Seu bônus por vitória é o mais alto do evento, já que nunca perdeu no UFC e cada novo triunfo significa um aumento no seu recorde. E, por último, sua popularidade é alta, justamente pelos seus recordes.

Tudo somado representa, nas palavras de Dana White, alguns milhões de dólares por luta e o segundo maior montante da entidade, atrás apenas do campeão dos meio-médios (77 kg) Georges St. Pierre.

A conta para o canadense é a mesma, e conta a seu favor a elevada popularidade, já que participou como treinador do TUF (The Ultimate Fighter), reality show do UFC, e se comunica bem melhor com seus fãs, já que sabe falar inglês.

Pensando nisso, o R7 quer ouvir você, caro leitor. Você acha que Lyoto merece o mesmo salário do Spider, ou foi um erro de seus empresários? Vote aqui!
FONTE: R7.com

"Lendas vivas do MMA, Tito Ortiz, Cro Cop e Wanderlei Silva se negam a seguir as ordens do patrão Dana White"


Apontado como um dos grandes responsáveis pela popularização do MMA no mundo, o presidente do UFC, Dana White, coleciona desafetos na mesma medida que desliza em suas declarações infelizes pedindo a aposentadoria dos maiores ídolos do esporte.

Uma grande prova da insatisfação dos atletas com os conselhos fora de hora do patrão foi o anúncio de que Mirko “Cro Cop” retornará ao octógono contra o gordinho Roy Nelson em outubro, no UFC 137.

A postura do peso-pesado croata se junta aos demais “aposentados” por Dana White: Wanderlei Silva, Tito Ortiz e Chuck Liddell. Lutadores que ainda teimam em não se aposentar, com exceção ao ex-campeão Liddell, que resistiu por um ano antes de acatar o pedido do presidente.

A resposta de Cro Cop, que anunciou o duelo antes mesmo do próprio evento, foi motivada pelo recente triunfo do teimoso Tito Ortiz diante do promissor Ryan Bader. Ex-campeão dos meio-pesados (93 kg), o americano chegou a ficar mais de mil dias sem uma vitória, o que tirou o carequinha do sério repetidas vezes.

Mas por que Dana White pega tanto no pé das maiores lendas do MMA? Ou porquê não os demite logo de uma vez?

A postura do cartola, na verdade, é reflexo de dois fatores. Primeiro que, com exceção ao russo Fedor Emelianenko, todos os grandes lutadores da história possuem contrato com o UFC, e, portanto, seria interessante para a marca que os lutadores se aposentassem com o logo do evento no peito.

E é esta postura de marketing de vincular os ídolos ao nome da entidade que gera o segundo fator, e mais preocupante, de motivação às fanfarronices de Dana White: o medo da queda de popularidade dos astros do octógono.

Não é segredo algum que a maioria dos fãs diminuem o foco de sua atenção ao atleta que perde seguidamente, para de render em alto nível ou deixa de fazer parte do card principal das noitadas de MMA.

Esta preocupação, aliás, foi o que fez com com que o cartola não pensasse duas vezes antes de pedir pela aposentadoria de Wanderlei Silva após o intantâneo nocaute diante de Chris Leben, sem levar em consideração o tempo do brasileiro afastado dos combates, ou sua última apresentação, quando venceu por decisão unânime um top 5 da categoria dos médios (84 kg), Michael Bisping.

Se Ortiz voltou a vencer, Mirko também pode, assim como Wanderlei, Minotauro e Shogun. Nas palavras do próprio Minotauro, “Dana White não é Deus para decidir desta forma quando um lutador vai se aposentar”.
FONTE: R7.com

quinta-feira, 14 de julho de 2011

White dispara: “Empresários de Lyoto queriam o mesmo que pagamos para Anderson Silva”

A novela dos últimos dias que envolveu a lesão no joelho de Phil Davis e a consequente substituição do norte-americano na luta principal do UFC 133 (6 de agosto), contra Rashad Evans, parece ter chegado ao fim. Mas não sem render outra batelada de polêmicas.

O presidente Dana White afirmou que Lyoto Machida, convidado para encarar Evans, havia concordado previamente com o combate. Mas pouco tempo depois, os empresários do brasileiro entraram em contato com o chefão para acertar detalhes e pediram alto.

"Eles exigiram que pagássemos a mesma coisa que pagamos para Anderson Silva para aceitarem oficialmente a luta", vociferou White, em entrevista ao site MMA Junkie. "Perguntei se estavam de brincadeira. Disse que pagaria o que pediram quando Machida conquistar as mesmas coisas que Anderson conquistou", emendou o mandatário.

Jorge Guimarães 'Joinha' e Ed Soares, empresários de Lyoto, são os mesmos de Anderson Silva. Curiosamente, a dupla de lutadores recebeu a mesma quantia pelas últimas lutas (cerca de U$ 200 mil). A diferença mais brutal está nos bônus, participações em publicidade e pay-per-view adicionais, fatores que potencializam substancialmente o montante.

Por bem ou por mal, o senso de profissionalismo nunca foi deficiência na carreira de Lyoto Machida. É preciso cuidado com pré-julgamentos sobre a situação. Talvez os empresários quiseram mais proteção para o lutador pelas circunstâncias e riscos que teriam de se submeter ao aceitar um combate deste nível sem o preparo adequado. Enquanto a equipe de Machida não se pronuncia sobre o fato, tudo para em questões interpretativas.

Resta saber quem realmente vai 'pagar o pato'.

Aceitou: Paralelo a todo entrevero com Machida, o norte-americano Tito Ortiz será o substituto de Davis e enfrentará Rashad Evans. O atleta de 36 anos inicialmente havia negado o pedido do Ultimate na terça-feira. Mas mudou de ideia e aceitou finalmente empreitada na noite de quarta. "O UFC me pediu ajuda e estou aqui para eles. Só quero mostrar meu verdadeiro caráter", postou o lutador no Twitter.

O novo compromisso atestará revanche. Na primeira vez que se enfrentaram, no UFC 73 (2007), os dois atletas, ex-campeões dos meio-pesados (até 93kg), fizeram combate equilibrado. Tito cometeu infranão ao segurar sucessivamente a grade do octógono e foi punido. No fim, foi decretado empate.

Ortiz atuou pela última vez no UFC 132, no começo de julho, quando venceu o compatriota Ryan Bader por finalização (guilhotina, ou estrangulamento invertido), no primeiro round. Evans não atua desde maio de 2010, quando venceu Rampage Jackson por pontos.