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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Show de música ameaça tirar UFC do Morumbi

Conflito de datas entre atrações pode sacramentar ida do evento de MMA para o Pacaembu
Montagem/ R7
Wanderlei Silva, Anderson Silva, Chael Sonnen e Vitor Belfort são as apostas do UFC para lotar edição no Morumbi

A realização de um show de música pode tirar definitivamente o UFC do Morumbi. Embora espere receber o evento em seu estádio no dia 16 de junho, a diretoria do São Paulo admite que uma empresa de eventos, parceira de longa data do clube, tem preferência para alugar o local por ter feito o pedido primeiro. O show seria realizado no dia nove do mesmo mês.

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Roberto Natel, vice-presidente social e de esportes amadores, responsável pelas negociações, afirmou ao R7 que a empresa de eventos que quer alugar o Morumbi só não assinou o contrato ainda porque o artista do show ainda não está confirmado. É uma prática comum primeiro reservar o local, para somente depois viabilizar a vinda do artista. O dirigente deu para a empresa um prazo de uma semana para se decidir, contando a partir desta segunda-feira (23).

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- Tem um evento que está para fechar no dia nove de junho. Até os organizadores do UFC sabem disso. A gente conversou sobre isso, então tem dois eventos que podem acontecer. Ou esse show ou o UFC. Depende deles próprios. Se o UFC chega aqui e fala que quer fechar amanhã, eu ligo para o outro organizador que entrou primeiro com o pedido e vejo se ele tem interesse. Se ele tem interesse, ele tem que assinar o contrato e fazer o pagamento. Dou um prazo de dois ou três dias. Se não fizer o pagamento, eu fecho com o UFC.

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Apesar da dificuldade, Natel não descarta fechar com os dois eventos. Seria o cenário ideal do ponto de vista financeiro e de visibilidade para o clube, mas a iniciativa esbarra em questões de logística. Como as datas das duas atrações são muito próximas, o problema da montagem e desmontagem da estrutura teria que ser solucionado. A previsão oficial do UFC para este processo em um estádio de futebol, por exemplo, é de 8 dias para montar e 4 para desmontar. Neste caso, seria inviável fazer ambos, apesar do que diz o cartola.

- O UFC não precisa ser descartado, porque há uma possibilidade de fechar os dois. Preciso sentar com as duas organizações, ver as dificuldades e tentar solucionar o problema para tentar ter os dois. É possível. Resta fazer a matemática das instalações para tentar resolver.

Embora ressalte que está à disposição do UFC e tenha muito interesse em receber o evento, a negociação entre o clube e Dana White esfriou depois que foi divulgada pela imprensa a informação de que o Pacaembu poderia ser o destino do maior evento de MMA do planeta. Natel afirma que o estádio público não é seu concorrente e que o São Paulo não fará nenhuma espécie de leilão. Para se ter uma ideia, o Tricolor costuma embolsar R$ 1,2 milhão por um aluguel de dez dias.

- Estamos à disposição do UFC , mas a gente tem um preço fechado, porque temos outros eventos, parceiros que estão sempre fechando eventos aqui. Não seria correto da nossa parte fazer preço diferenciado.

Sobre as suposições de que Anderson Silva, por ser atleta do Corinthians, estaria interferindo nos bastidores para que o evento fosse realizado no Pacaembu, Natel disse que tudo isso não passa de “conversa de botequim”.

- Eu não acredito nisso. Ele hoje é um atleta do Corinthians, mas amanhã pode ser de outra agremiação. Ele será muito bem-vindo no Morumbi. Essas histórias que dizem são conversa de botequim.

O São Paulo não arca com nenhum custo para receber o evento. Se fechar com o UFC, toda a estrutura deve ser providenciada pela organização, inclusive a cobertura do gramado, já prevista na primeira visita que foi feita ao Morumbi. A intenção é usar a capacidade máxima do estádio e ultrapassar o público de 70 mil pessoas, batendo o recorde de 55 mil do UFC 129, no Canadá.

Expectativa e cartel

Programado para o dia 16 de junho deste ano, o evento pode entrar para a história do UFC caso consiga lotar um estádio de futebol. Com dois recordes em mira, de maior público da entidade (55 mil pessoas) e de maior lotação da história do esporte (91 mil fãs, no extinto Pride), os organizadores programaram duas lutas de apelo para o público brasileiro.

Como atração principal, o campeão dos pesos médios (84 kg) Anderson Silva colocará seu cinturão em jogo pela décima vez. Ainda sem oponente definido, a expectativa é de que o falastrão Chael Sonnen seja o adversário e, para isso, precisa vencer o inglês Michael Bisping no próximo dia 28 de janeiro.

Para aumentar ainda mais a visibilidade da edição, Vitor Belfort e Wanderlei Silva farão a revanche da disputa realizada em 1998, no ginásio do Canindé, quando o carioca venceu em meros 40 segundos, para delírio dos presentes.

Belfort manda recado para Wanderlei Silva: “Ele não tem mais queixo para trocar comigo”

Brasileiros vão se enfrentar no "Ultimate Fighting", em junho, em São Paulo
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Apesar de ainda comemorar a vitória sobre Anthony Johnson no UFC Rio 2, Vitor Belfort não perdeu a chance de provocar o seu próximo adversário, Wanderlei Silva. Os dois entrarão no octógono em junho, em São Paulo, quando farão o combate mais importante do Ultimate Fighting, reality show no qual os dois também atuarão como técnicos.

Em entrevista ao jornal “O Globo”, Vitor foi questionado sobre intenção de Silva em agredi-lo com uma trocação de chutes e socos. E não hesitou em mandar um recado para o rival:

- Se ele fizer isso vou arrebentar com ele de novo. Ele não tem mais queixo para trocar comigo. Avisa a ele para mudar de tática ou vai ser nocaute de novo.

Belfort se refere ao nocaute que aplicou em Wanderlei em 1999, quando precisou de apenas 44 segundos para derrubar o compatriota. O lutador ainda “reclamou” do fato de não ter recebido o prêmio de melhor luta da noite:

- Premiaram Edson Baboza com o melhor nocaute e melhor luta. Sacanagem (risos), eu merecia o de melhor combate. Só que se me dessem o prêmio teriam que dar também para o Johnson e o Dana White está muito irritado com ele (o americano não se apresentou com o peso prometido).

Sobre a luta, ele garantiu que jamais perderia para Johnson:

- Ele fingiu que tava partindo com vontade pra cima de mim, mas na verdade ele não tava fazendo nada de perigoso. Um wrestler não vai conseguir me derrubar e me amassar. Não adianta. Vim do Jiu-jitsu. Pode tentar que não vai dar em nada.

  • Fonte: Tudo sobre lutas no R7.com